Já tive milhares de nascimentos de sol.
Meu nascimento, minha primeira palavra, meu primeiro passo, primeira escola, professora e todos eventos que se realizaram comigo, por mim, em mim, para mim e por todos que me cercam ou não, mas que de alguma forma influenciam minha existência.
Entendo que as vidas humanas são como cabelos na cabeça de Deus, nascemos independentes, mas nos enroscamos uns nos outros, primeiro nos mais próximos, às vezes em alguns mais longe e Deus quando "faz um penteado" diferente nos lança em contato com outros que julgamos incapazes de nos relacionarmos, mas quando acordamos observamos que já estamos entrelaçados.
Na vida nada vem do diabo ou do mal, tudo vem de Deus.
O bem é inerente e a primeira atuação dEle nas nossas vidas e o infortúnio pode ser fruto da desobediência, um bem a ser revelado, uma lição a ser aprendida ou um treinamento para dias posteriores, mas o mal sempre tem um fim bom.
Deus jamais dá a sua grandiosidade a outro ser. Jamais legaria o ensino dos homens ao diabo, criatura dEle e limitada por Ele.
O mal vem da forma como observamos a atuação de Deus, principalmente quando focamos com as lentes do nosso egoísmo ou do egocentrismo ao crermos que o universo somente existe para satisfazer aos nossos anseios.
Mero "homenismo": o homem no centro e em todas as direções satisfazendo o seu hedonismo.
E o nascer do meu sol mais importante foi o conhecer de Deus. Foi o início da minha vida propriamente dita. O amadurecimento da mentalidade para julgar meus passos a partir de um referencial sólido.
O segundo mais importante foi conhecer a solidão acompanhada, fruto das minhas mais profundas reflexões e dores que me acompanham a anos.
De qualquer forma se se atreveu ler até agora meu pensamento o nascimento do sol começou para nós e espero que acompanhe até o sol a pino e depois quando declinar, pois a noite vem sempre depois de um dia e isto independe da minha fé.
Abraços e até a próxima.
